A escritora e patrona da 62º Feira do Livro de Porto Alegre, Cintia Moscovitch, autografará sua obra completa neste feriado de 2 de novembro, na Praça dos Autógrafos. Suas principais obras individuais são: Reino das Cebolas, Duas Iguais, Anotações durante o Incêndio, Arquitetura do arco-íris e Por que sou gorda, mamãe?
Nesta entrevista ao site da Feira do Livro, Cintia conta um pouco da sua visão sobre literatura, a feira e o patronato.
Tem surgido novos hábitos de consumo – como o fenômeno dos livros de youtubers, por exemplo – que prometem chamar a atenção nas barracas deste ano. Qual tua opinião sobre o mercado editorial brasileiro de maneira geral?
Acho que o mercado editorial brasileiro sofreu um encolhimento logo no início do ano mas, ali por junho e julho, voltou a ser o que era, uma avalanche de lançamentos. O que me tem chegado de novidades não é pouca coisa e acho que, em grande medida, os e-books se firmaram (embora eu prefiro o papel). Mesmo com a compra de tradicionais editoras por conglomerados estrangeiros, não perdemos em termos de qualidade. Talvez o que nos tenha faltado ao longo do tempo, acho eu, são novos e mais habilitados leitores. É urgente nos dedicarmos a isso, talvez mais do que nunca.
Você escreveu em uma de suas crônicas que gostaria de colocar autores novos e velhos para dialogarem. Por que essa troca seria proveitosa?
Os autores mais velhos têm muito a compartilhar com os mais novos: aquela coisa de que o diabo não sabe por ser diabo, senão por ser velho. Há uma espécie de sabedoria que o tempo traz, e não me refiro somente a saber lidar com a vida, mas também com o texto. Por outro lado, os autores mais jovens têm a vitalidade, o sonho, a força, o entusiasmo de ter tudo pela frente. Isso é impagável. E sempre as pessoas, tenham a idade que tiverem, só têm a ganhar convivendo umas com as outras.
Se a “Cintia patrona da Feira” pudesse escrever uma carta para a ”Cintia autorizada pelo pai a comprar o livro que desse na telha”, qual seria essa lista de livros hoje?
Essa lista seria encabeçada pela obra completa do Monteiro Lobato, sem dúvida. Toda ela! E todo Maurice Druon. E toda a Ruth Rocha. E todo a obra de Carlos Urbim. E de Marô Barbieri. E da Chris Dias. E “O pequeno príncipe”, do Sant-Éxupery. E depois, eu diria a eu mesma criança comprar mais um monte de coisas, mas principalmente livros de fábulas (se bem que o Lobato as reconta de forma maravilhosa). E eu alertaria a Cíntia menina a não confundir literatura com brinquedo. Nunca, nunca.
Nesta entrevista ao site da Feira do Livro, Cintia conta um pouco da sua visão sobre literatura, a feira e o patronato.
Tem surgido novos hábitos de consumo – como o fenômeno dos livros de youtubers, por exemplo – que prometem chamar a atenção nas barracas deste ano. Qual tua opinião sobre o mercado editorial brasileiro de maneira geral?
Acho que o mercado editorial brasileiro sofreu um encolhimento logo no início do ano mas, ali por junho e julho, voltou a ser o que era, uma avalanche de lançamentos. O que me tem chegado de novidades não é pouca coisa e acho que, em grande medida, os e-books se firmaram (embora eu prefiro o papel). Mesmo com a compra de tradicionais editoras por conglomerados estrangeiros, não perdemos em termos de qualidade. Talvez o que nos tenha faltado ao longo do tempo, acho eu, são novos e mais habilitados leitores. É urgente nos dedicarmos a isso, talvez mais do que nunca.
Você escreveu em uma de suas crônicas que gostaria de colocar autores novos e velhos para dialogarem. Por que essa troca seria proveitosa?
Os autores mais velhos têm muito a compartilhar com os mais novos: aquela coisa de que o diabo não sabe por ser diabo, senão por ser velho. Há uma espécie de sabedoria que o tempo traz, e não me refiro somente a saber lidar com a vida, mas também com o texto. Por outro lado, os autores mais jovens têm a vitalidade, o sonho, a força, o entusiasmo de ter tudo pela frente. Isso é impagável. E sempre as pessoas, tenham a idade que tiverem, só têm a ganhar convivendo umas com as outras.
Se a “Cintia patrona da Feira” pudesse escrever uma carta para a ”Cintia autorizada pelo pai a comprar o livro que desse na telha”, qual seria essa lista de livros hoje?
Essa lista seria encabeçada pela obra completa do Monteiro Lobato, sem dúvida. Toda ela! E todo Maurice Druon. E toda a Ruth Rocha. E todo a obra de Carlos Urbim. E de Marô Barbieri. E da Chris Dias. E “O pequeno príncipe”, do Sant-Éxupery. E depois, eu diria a eu mesma criança comprar mais um monte de coisas, mas principalmente livros de fábulas (se bem que o Lobato as reconta de forma maravilhosa). E eu alertaria a Cíntia menina a não confundir literatura com brinquedo. Nunca, nunca.
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